27 de Agosto de 2021
Uma parceria para laboratório de sucesso
A Industrial Laborum Ibérica tem apostado continuamente no desenvolvimento dos seus laboratórios, inclusive investindo na melhoria da sua tecnologia disponível na produção. Foi com esta visão que em 2020 a empresa decidiu investir em 2 máquinas da Salvagnini Group. Leia a reportagem desenvolvida pela Salvagnini.
A Industrial Laborum Ibérica foi fundada em 1978 para projetar, construir
e instalar móveis técnicos de laboratório. Ao longo dos anos, a empresa
portuguesa, propriedade da família Lapa, alargou a sua actividade a outros
segmentos de mercado – o mobiliário hospitalar e escolar – e estabeleceu
relações comerciais que ultrapassam as fronteiras nacionais. Para continuar a
competir num mercado cada vez mais exigente, em 2020 a Industrial Laborum
renovou seu layout de produção com a instalação de um centro de quinagem
P2lean-2116 e uma quinadora B3, ambas da marca Salvagnini.
Flexibilidade na produção de laboratórios
“Abrimos para as exportações no início dos anos 2000”, afirma Paulo Correia, Diretor Comercial da Indústria Laborum Ibérica. “Dando início a um caminho de crescimento que nos levou a ter uma presença interessante no Médio Oriente e Norte de África. Hoje, entre os nossos principais mercados, podemos destacar Omã, onde realizámos um projeto de modernização do mobiliário escolar que nos levou a receber um prémio do Ministro da Educação, Arábia Saudita, Kuwait, Abu Dhabi, Catar e Marrocos. Lançamos dois projetos muito interessantes em França, um na área farmacêutica e outro no setor escolar. Em Portugal os nossos produtos são apreciados nas principais universidades e nos mais importantes hospitais privados do país, entre os quais gosto de referir o Hospital CUF Tejo – Lisboa: uma realidade polivalente e multiespecializada, com forte experiência na área da oncologia”, cujo o laboratório e outros produtos desenvolvidos pela Industrial Laborum estão em grande destaque num prémio de design atribuido à empresa P-06 Studio devido à sua sinalética inovadora não só no laboratório, mas por todo o hospital.
A gestão de um mercado amplo e diferenciado, com necessidades que vão desde lotes unitários à produção em série, em 2017 levou a empresa de Albergaria-a-Velha a iniciar um projeto de renovação do layout de produção que permitisse uma maior agilidade.
“Investir em sistemas mais modernos, que nos permitissem melhorar os nossos KPIs e atingir os nossos objetivos ambiciosos, era agora um passo inevitável”, continua Paulo Correia. “Em 2017, quando cheguei à Industrial Laborum, o departamento de processamento de chapas usava quinadoras tradicionais muito antigas, com tempos de espera inevitáveis para reequipamento e troca de ferramentas. Fizemos contato com os principais players do mercado de máquinas de processamento de chapas para um projeto que, pelo menos no papel, parecia simples.”
Aumento de encomendas exige produção
O projeto evoluiu gradualmente porque, na estratégia de produção da Industrial Laborum o aumento de pedidos exige a produção. A procura de maior flexibilidade e agilidade nesta abordagem just-in-time deve-se à impossibilidade de gerir pedidos de lotes unitários, ou em todo o caso pequenos, com equipamentos antigos. “A nossa produção é extremamente variável”, resume o Diretor Comercial. “Temos lotes pequenos, de 1 ou 2 peças, e lotes numericamente importantes. Tudo isto nos colocava dificuldades em termos de escolha tecnológica: com uma linha poderíamos ter feito grandes séries, mas renunciamos à flexibilidade; com equipamentos menores teríamos flexibilidade em detrimento da capacidade de produção, qualidade e velocidade exigidas.” Atendendo a estas necessidades complexas, tão específicas como atuais, a empresa portuguesa optou por uma quinadora B3 – modelo de 3 metros e 135 toneladas – e uma paneladora P2lean-2116 da marca Salvagnini.
Os dois sistemas autónomos comunicam-se entre si graças ao software de processo proprietário e permitem que se obtenha o máximo da quinagem, pois combinam a produtividade da paneladora e a versatilidade da quinadora. “A capacidade de gerir o processo de quinagem na sua totalidade graças a uma célula flexível foi a pedra angular deste projeto, que nos garantiu rapidez, qualidade e flexibilidade. Se tivermos que gerir um lote pequeno e um lote grande sequencialmente, não haverá problema. Se tivermos que interromper a produção para uma produção urgente, mesmo para uma única peça, não há problema. Podemos planear tudo, e as nossas novas tecnologias permitem-nos fazer tudo o que precisamos produzir. A próxima etapa do projeto deverá ser a compra de um sistema de corte (laser) a ser incluído nesta célula de produção. Após a introdução do laser, provavelmente também será necessário repensar o nosso armazém interno, que hoje administramos com poucas referências e quantidades limitadas dentro, e com stocks localizados em rede de subcontratação que nos ajuda a gerir a variabilidade do mercado.”
A programação também permite reduzir o desperdício
Atualizar o paradigma tecnológico, em organizações estáveis, pode ser complexo. Os novos sistemas colidem com hábitos estabelecidos e resistência à mudança, e muitas vezes perturbam o equilíbrio das cargas de trabalho entre a oficina e a programação CAD/CAM. Em suma, o melhor desempenho da máquina é garantido por programas específicos, cuja implementação pode ser – pelo menos inicialmente – complicada e cara. A questão surge, portanto, espontaneamente: como foi a implementação do software Salvagnini na Industrial Laborum? “Na base do projeto também havia a crença de que o software poderia ajudar-nos a ser mais rápidos, a eliminar uma série de operações repetitivas”, continua Paulo Correia. “Mas eu também estava preocupado: se os nossos operadores seriam capazes de aprender a programar as novas máquinas com rapidez suficiente?”
A vantagem garantida pelo STREAM, do software Salvagnini, está justamente na possibilidade de gerir todas as operações do escritório e da fábrica num único ambiente de programação. STREAM é um ponto de acesso único para todas as tecnologias, do corte à quinagem, para planear, programar, controlar e otimizar todo o processo de produção. “Hoje, apenas com um programador pode gerir-se toda a programação do B3 e P2lean.
E gostaríamos de atribuir a este operador, no futuro, também a programação do novo sistema de laser, uma vez que já trata das operações de corte que realizamos na empresa. Depois de alguns meses de aprendizagem, cada dia que passa vemos que está mais confortável, mais ágil”, completa o Diretor Comercial. “Encontramos no software um aliado decisivo para reduzir desperdícios, para recuperar eficiência. Por exemplo, temos um produto feito de cerca de 300 componentes diferentes: no passado, após o corte, tínhamos que reprogramar as quinadoras tradicionais para cada lançamento de produção. Produzir um único lote exigia 4 dias, para um lote maior ainda tínhamos que dedicar 2 dias só para programar as quinadoras, aos quais ainda somávamos tempos de produção, que variam de acordo com as quantidades. Hoje fazemos o mesmo produto com B3 e P2lean: escrevemos e depuramos o programa, salvamos e o operador simplesmente o seleciona para iniciar a produção.”
Um só projeto, tantos resultados
“Em pouco mais de 6 meses atingimos o estado de 100% operacional”, continua Paulo Correia. A paneladora “P2lean, acima de tudo, foi um investimento significativo para nós. Hoje permite-nos ser sempre flexíveis, produzir rapidamente, com alta qualidade e sempre constante: podemos produzir 1 peça ou 1000 peças, sem nenhum tipo de problema, com um prazo de entrega muito curto. Antigamente podíamos estimar, para um lote de 30 peças de móveis de metal, um tempo de entrega de 2 semanas entre preparação, programação, corte do material, dobra, soldadura. Hoje podemos fazer o mesmo lote em 2, 3 dias no máximo. Outro grande resultado é ter praticamente eliminado a obra em andamento: antigamente armazenávamos produtos semiacabados em vários pontos da fábrica porque tínhamos que gerir a produção, organizá-la nos dias subsequentes, com base na relação entre máquinas-ferramenta, materiais e espessuras. Hoje produzimos com um fluxo intenso: no mesmo dia cortamos, completamos a quinagem e mandamos tudo para a soldadura. Minimizamos os tempos de espera que tornavam o nosso fluxo de produção menos eficiente e eliminamos o fenómeno de perda de produtos semiacabados. No passado, não tínhamos grandes problemas com não conformidades, mas tínhamos que gastar muito tempo retrabalhando para compensar as não conformidades. Cerca de 30% da nossa recuperação de eficiência atual deve-se justamente à redução das atividades de retrabalho: a peça é imediatamente confecionada de maneira correta, não é necessário refazer, não é necessário voltar às etapas anteriores de processamento para a corrigir. Resumindo, controlamos melhor o processo em todos os seus momentos.”
Recuperar flexibilidade, reatividade e capacidade de produção são os pontos de chegada de um projeto, mas também são os pré-requisitos para uma mudança estratégica ao nível da empresa. Hoje a Industrial Laborum pode permitir uma maior agressão no mercado, especialmente na gestão de pequenas encomendas. “Principalmente na área médica, recebemos diariamente solicitações urgentes de lotes unitários, ou em pequenas quantidades”, explica o Diretor Comercial. “Os nossos parceiros contam connosco: no passado, para responder a estas urgências, tínhamos que recorrer a horas extraordinárias e dupla jornada. Não havia solução alternativa. A disponibilidade, o nível de serviço é obviamente uma vantagem competitiva: hoje estamos ainda mais dispostos a produzir urgências sem fazer os esforços que fomos obrigados a fazer no passado e sem incorrer em custos operacionais mais elevados. Apesar da urgência, mantemos um nível de qualidade muito elevado: isso também é decisivo. Graças à Salvagnini, hoje garantimos aos nossos clientes o fornecimento de produtos de alta qualidade a um preço adequado, com prazos de entrega muito curtos, independentemente das quantidades solicitadas. E equilibrámos a nossa produção para garantir a maximização das vantagens: podemos ajustar os lançamentos de produção para combinar projetos semelhantes ou que requerem o mesmo produto, para gerir outras urgências, para explorar economias de escala com nossa rede de abastecimento, enfim, podemos decidir como e quando fazer as coisas, otimizando realmente a produção. É a outra vantagem da flexibilidade.”
Um olhar para o futuro
Apesar do contexto de pandemia, a Industrial Laborum em 2020 viu o seu volume de negócios crescer de 7,2 milhões de euros em 2019 para mais de 9 milhões. E parte desse crescimento certamente está atrelado aos recentes investimentos tecnológicos da empresa. “Tentaremos repetir estes resultados também em 2021. Encontrámos um parceiro que nos acompanhará no futuro: durante a fase do projeto, visitámos as fábricas da Salvagnini em Itália, ficamos impressionados. O tema do serviço, do nosso ponto de vista, era particularmente relevante e queríamos ter certeza de que teríamos um suporte contínuo após a instalação. Também deste ponto de vista estamos muito satisfeitos: apesar da instalação das máquinas ter sido concluída durante a pandemia, sentimos o apoio da Salvagnini ao longo do caminho. Do nosso ponto de vista é apenas o primeiro passo: olhamos para o futuro com o objectivo de desenvolver um novo conceito de fabrico na Indústrial Laborum”, conclui Paulo Correia.
A Industrial Laborum Ibérica é uma empresa com 43 anos de experiência no mercado, que procura levar o fator qualidade a todos os laboratórios. Através de clientes nas mais diversas áreas, como saúde, educação e diferentes indústrias, a ILI adquiriu know-how que é a combinação perfeita com cada necessidade ou pedido dos seus clientes. Estamos aqui para desenvolver laboratórios para pessoas.